quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Radio Dept e o verão de 500 dias


Eba! Disco novo do Radio Dept, foi trilha da semana por aqui. Tem link lá nos comentários.

Daqui em diante, é só filosofia barata e baboseira, aconselho ir direto para os comentários.


Com milênios de atraso vi o "500 dias com ela". Passei o filme inteiro oscilando momentos de identificação entre o Tom e a Summer, eu tinha até medo de ser um filme muito água com açúcar.
Neste momento devo deixar uma coisa muito clara: eu tenho pavor de filme água com açúcar. Desde que me entendo como ser humano eu vivo de negar que exista amor realmente (aí a chave da semelhança com a Summer) e escondo todo e qualquer resquício de doçura (as semelhanças com Tom) para mostrar só para quem eu acho que mereça.
Voltando ao filme, achei muito bom, no fim, não é um filme romântico, quer dizer, é, mas é um romance de problemas, mostra um dos muitos romances que não se concluem (a.k.a. casamento feliz) ao longo da vida de uma pessoa. A pergunta que fica é: os romances se concluem? Aos quase 30 ainda não consigo uma resposta, nem positiva, nem negativa. Acho que preciso de mais uns 50 anos para fechar a questão.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Miles Kurosky, pós carnaval e a saudade.

Na última semana baixei a estréia solo do Miles Kurosky (ex-Beulah), "The desert of shallow effects". Tirando pelo "Yoko", último do Beulah, esperava algo bem mais triste, mas não, foi muito legal saber que uma das vozes que eu mais gosto na música de atualmente ainda é capaz de fazer um disco para lá de feliz. Virou audição da semana inteira entre um baticum dali e um ziriguidum daqui.

Trabalhar depois do carnaval, especialmente na quarta de cinzas, pode ser muito deprimente.

Mais deprimente ainda, é perceber o quanto você sente falta de amigos somente quando ouve as vozes deles no telefone. É quando o mundinho virtual para de enganar o coração e ele vai ficando oco a cada segundo.

Ah, e se você quiser dar uma checada no Miles, vai lá nos comentários que tem um link para o álbum.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Sobre o Carnaval


Acho divertida toda a minha ansiedade com a chegada do Carnaval, logo eu, que durante a adolescência e início da idade adulta era uma das que bradavam "ODEIO CARNAVAL!EU GOSTO DE ROCK!!". Puro gesto juvenil, daqueles que beiram a infantilidade de achar que uma coisa necessariamente exclui a outra.
O gosto pela festa mais esperada do País veio junto com o amadurecimento e a máxima do "Ok, não adianta lutar contra felicidades momentâneas e vazias, isso não vai te fazer parecer mais inteligente ou vai te dar um atestado de superioridade humana, entregue-se ao que é impossível ignorar, ou perigas morrer uma velha chata e rancorosa".
Ainda assim, o Carnaval não me traz tanta diferença do resto do ano. Saio com as mesmas pessoas, vou aos mesmos lugares a única mudança são as ruas. Apesar da bagunça, do cheiro de xixi (que diminuiu com a repressão mas ainda está longe de ser o ideal), é encantador olhar o monte de sorrisos, de brincadeiras, de fantasias que se tornam públicas no período.
Uma melhoria para o ano que vem: aprimorar os adereços, eu ainda sou do tipo básico camiseta+short, preciso de mais criatividade.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Sambassadeur, A sunny day in Glasgow e Yeasayer

Resolvi colocar por aqui 3 discos que não saíram do player durante as duas últimas semanas.
Os suecos do Sambassadeur fizeram um disco que me agradou mais que o "Migration", de 2007. "European" tem menos hits estilo "chiclete la-la-la" e mais complexidade. Gosto mais assim.
O ep "Nitetime Rainbows" do A sunny day in Glasgow é dreampop de prima. Não consigo dizer se melhor ou pior que trabalhos anteriores, honestamente, só consigo achar tudo que eles fazem maravilhoso.
Sobre o Yeasayer, confesso que tinha um pouco de preconceito, achava meio chatinho, mas "Odd blood" me conquistou tanto pelas canções quanto pelos vídeos e identidade visual do álbum.

Links nos comentários.