Baths - Cerulean (2010)

Este era um dos discos que mais pararam aqui pelo player nos últimos dias. Por que "era"? Por causa do novo do Broken Social, lógico.
Bem, voltando ao Baths, super recomendado para os que gostam de Flying Lotus, Daedelus e Busdriver. Link lá nos comentários.

Mixtape para dar um gostinho da Finesse, amanhã na pista 2 da Maldita

1- Olivia Tremor Control - The sylvan screen
2- Can - Bel air (Lou edit)
3- Spiritualized - Electricity
4- Stereolab - Les yper sound
5- Silver Apples - I have known love
6- Novos Baianos - Baby Consuelo
7- Primal Scream - Come together (7" version)
8- Beatles - Love you to
9- Cornershop - We`re in yr corner
10- Flaming Lips - The sparrow looks up at the machine
11- Panda Bear - Comfy in nautica

Mulherzice 1

Andava à toa pela internet quando vi o trabalho da Anne Julie Aubry. São ilustrações predominantemente de meninas, um traço com um quê de Mark Ryden, talvez mais pela cartela de cores que pelo traço em si, mas, enfim, vale a pena uma visitinha no blog da artista.

http://www.annejulie-art.com/blog/

Agora vem o momento "mulherzice" (verbete Louiseano que se refere à futilidade, moda e frescurinhas femininas): descobri um site com colares ilustrados por ela, eu pre-ci-so!!

http://www.olivebites.bigcartel.com/product/illumination-recycled-magnetic-locket-set

Prometo não reclamar

Quem me conhece um pouquinho que seja sabe do meu talento para reclamar dos modismos, principalmente os relacionados à música. Sabe que tenho especial prazer em reclamar de tudo que se torna mainstream e ainda não larguei o vício imbecil de indie dos anos 90 de falar: "Ah, acabou, agora que saiu no jornal vai ficar tudo uma merda!" (prometo um dia me libertar, trabalho nisso constantemente).
Pois bem, tudo isso era só para justificar que eu achei superlegal o fato de festas como a Dancing Cheetah e a Makula terem um espaço no Globo Online de ontem. Sempre fui admiradora de ritmos africanos apesar de não ser grande conhecedora e me confundir entre nomes de ritmos e suas etnias de origem.
Uma boa para quem quiser baixar algumas coisas e conhecer um pouco mais dos ritmos do continente é o blog Awesome tapes from Africa

"Disquinho" novo do Apples

Yay!! Dia 20 de abril sai oficialmente o disco novo (e lindo) do Apples in Stereo, "Travellers in space and time". É claro que pela web já vazou fazem uns dias.
Nossa, só eles mesmos para me salvarem da monotonia da semana. Galera, bora marcar a grande revolução do rock ignorado? É impressionante pensar que não existe mais uma festa semanal (que seja no fim de semana né, segunda tem a Mald para salvar) onde o Hot Chip dá lugar ao Yo la Tengo.

O "Travellers..." está lá nos comentários para baixar, embaixo tem um vídeo que junta eles e mais outra coisa para lá de legal: Snoopy!! :)

People who do noise

Radio Dept e o verão de 500 dias

Eba! Disco novo do Radio Dept, foi trilha da semana por aqui. Tem link lá nos comentários.

Daqui em diante, é só filosofia barata e baboseira, aconselho ir direto para os comentários.


Com milênios de atraso vi o "500 dias com ela". Passei o filme inteiro oscilando momentos de identificação entre o Tom e a Summer, eu tinha até medo de ser um filme muito água com açúcar.
Neste momento devo deixar uma coisa muito clara: eu tenho pavor de filme água com açúcar. Desde que me entendo como ser humano eu vivo de negar que exista amor realmente (aí a chave da semelhança com a Summer) e escondo todo e qualquer resquício de doçura (as semelhanças com Tom) para mostrar só para quem eu acho que mereça.
Voltando ao filme, achei muito bom, no fim, não é um filme romântico, quer dizer, é, mas é um romance de problemas, mostra um dos muitos romances que não se concluem (a.k.a. casamento feliz) ao longo da vida de uma pessoa. A pergunta que fica é: os romances se concluem? Aos quase 30 ainda não consigo uma resposta, nem positiva, nem negativa. Acho que preciso de mais uns 50 anos para fechar a questão.

Miles Kurosky, pós carnaval e a saudade.

Na última semana baixei a estréia solo do Miles Kurosky (ex-Beulah), "The desert of shallow effects". Tirando pelo "Yoko", último do Beulah, esperava algo bem mais triste, mas não, foi muito legal saber que uma das vozes que eu mais gosto na música de atualmente ainda é capaz de fazer um disco para lá de feliz. Virou audição da semana inteira entre um baticum dali e um ziriguidum daqui.

Trabalhar depois do carnaval, especialmente na quarta de cinzas, pode ser muito deprimente.

Mais deprimente ainda, é perceber o quanto você sente falta de amigos somente quando ouve as vozes deles no telefone. É quando o mundinho virtual para de enganar o coração e ele vai ficando oco a cada segundo.

Ah, e se você quiser dar uma checada no Miles, vai lá nos comentários que tem um link para o álbum.

Sobre o Carnaval

Acho divertida toda a minha ansiedade com a chegada do Carnaval, logo eu, que durante a adolescência e início da idade adulta era uma das que bradavam "ODEIO CARNAVAL!EU GOSTO DE ROCK!!". Puro gesto juvenil, daqueles que beiram a infantilidade de achar que uma coisa necessariamente exclui a outra.
O gosto pela festa mais esperada do País veio junto com o amadurecimento e a máxima do "Ok, não adianta lutar contra felicidades momentâneas e vazias, isso não vai te fazer parecer mais inteligente ou vai te dar um atestado de superioridade humana, entregue-se ao que é impossível ignorar, ou perigas morrer uma velha chata e rancorosa".
Ainda assim, o Carnaval não me traz tanta diferença do resto do ano. Saio com as mesmas pessoas, vou aos mesmos lugares a única mudança são as ruas. Apesar da bagunça, do cheiro de xixi (que diminuiu com a repressão mas ainda está longe de ser o ideal), é encantador olhar o monte de sorrisos, de brincadeiras, de fantasias que se tornam públicas no período.
Uma melhoria para o ano que vem: aprimorar os adereços, eu ainda sou do tipo básico camiseta+short, preciso de mais criatividade.

Sambassadeur, A sunny day in Glasgow e Yeasayer

Resolvi colocar por aqui 3 discos que não saíram do player durante as duas últimas semanas.
Os suecos do Sambassadeur fizeram um disco que me agradou mais que o "Migration", de 2007. "European" tem menos hits estilo "chiclete la-la-la" e mais complexidade. Gosto mais assim.
O ep "Nitetime Rainbows" do A sunny day in Glasgow é dreampop de prima. Não consigo dizer se melhor ou pior que trabalhos anteriores, honestamente, só consigo achar tudo que eles fazem maravilhoso.
Sobre o Yeasayer, confesso que tinha um pouco de preconceito, achava meio chatinho, mas "Odd blood" me conquistou tanto pelas canções quanto pelos vídeos e identidade visual do álbum.

Links nos comentários.

Tem Yeasayer no Pitchfork.tv

Donos de um dos álbuns mais interessantes de 2010, a galera do Yeasayer tem um especialzinho de três músicas no ar no site do Pitchfork.tv. Vale dar uma conferida no processo criativo dos rapazes.

Dinamofone (ou o motivo pelo qual meus blogs sempre são abandonados)

Era a última tarde do ano de 2009, aquele fim de período em que é normal se encher de esperanças e compromissos para o ano seguinte. Um item da minha lista foi nunca mais abandonar um blog.

O porquê das minhas constantes desistências nunca tinha se mostrado claramente até pouco tempo atrás: eu não consigo falar muito tempo sobre um único assunto.

Não consigo me prender somente à música, ou à literatura, ou ao cinema, ou a qualquer outro assunto específico. Eu vou sempre querer falar também da futilidade feminina, da praia que estava uma delícia, do bolinho do boteco da esquina (que, aliás, é muito bom, o Cantinho do Leblon terá um post dedicado a ele qualquer dia), dos cachorros da vizinhança, de como os bichos são muito mais legais que os humanos, enfim, falar, falar, falar.

Claro que os disquinhos para download estarão presentes junto com vários links de coisas de assuntos diversos que achei legal por aí e quero passar adiante. Senão ia virar blog egotrip, o que eu não curto muito, ter uma utilidade prática é essencial.

Ah sim, o nome, é sinônimo para telarmônio. Primeiro instrumento musical eletroacústico de que se tem notícia, foi inventado em 1897, acho que nesse tempo as pessoas ainda tinham romance no coração. Ou não, como diria Walter Franco (ou vocês até hoje achavam que isto era invenção de Caê?)